Determinação do metaboloma foliar parcial de variedades crioulas de milho (Zea mays), visando a caracterização dos extratos foliares contendo (poli)fenóis e carotenóides

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Determinação do metaboloma foliar parcial de variedades crioulas de milho (Zea mays), visando a caracterização dos extratos foliares contendo (poli)fenóis e carotenóides

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Title: Determinação do metaboloma foliar parcial de variedades crioulas de milho (Zea mays), visando a caracterização dos extratos foliares contendo (poli)fenóis e carotenóides
Author: Lemos, Priscilla Maria Menel
Abstract: O estabelecimento do perfil metabolômico parcial das folhas de variedades crioulas de milho (VCM) atualmente cultivadas por agricultores familiares de Anchieta-SC representa uma iniciativa inovadora e adequada, pois aprofunda o conhecimento sobre as singularidades metabólicas destes genótipos, contribuindo para uma caracterização mais detalhada do germoplasma. Também subsidia a avaliação do potencial desta biomassa como fonte de compostos de interesse nutricional e efeito benéfico sobre a saúde humana e animal. Neste contexto, o capítulo 1 apresenta os resultados da espectrofotometria UV-vis, quimiometria e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) do extrato hexano: acetona de folhas das VCM. Indicando um teor superior de carotenóides totais para o material liofilizado (? 47 mg g de folha), em comparação ao material desidratado em estufa (? 20 mg g de folha), sendo que o menor custo, torna o emprego da estufa interessante para a secagem. A CLAE apontou a luteína e o -caroteno como os componentes majoritários destes extratos. E a quimiometria associada a espectrofotometria foi utilizada com sucesso na busca de biomassas foliares com um teor proeminente de carotenóides. O emprego do metanol como solvente permitiu a recuperação eficiente de diferentes classes de compostos fenólicos presentes nas folhas do milho. Os resultados da espectrofotometria UV-visível, da quimiometria, da espectrometria de massa (MALDI-TOF) e da CLAE auxiliaram na caracterização dos derivados dos ácidos benzóico e cinâmico (capítulo 2) e também, dos flavonóides (capítulo 3) presentes no tecido foliar das VCM. A oxidação do reativo de Folin-Ciocalteau indicou uma média de aproximadamente 10 mg/g de folha para as VCM, no extrato metanólico (MeOH 100%) e de cerca de 40 mg/g, para o extrato metanólico acidificado (MeOH HCl 1%). Possibilitando a comercialização de extratos ricos em compostos fenólicos a partir das folhas de milho. Os compostos majoritários identificados nestes extratos foram a quercetina, o ácido gálico e o ácido clorogênico (capítulo 2). A presença da cianidina, da pelargonidina, da peonidina, da malvidina, da delfinidina e da petunidina e também de inúmeros de seus ésteres foi relatada para as folhas das VCM. Bem como sinais (m/z) que podem ser associados a antocianinas de ocorrência mais raras na natureza, como a apigenidina e a luteolinidina. Tais compostos são proximamente relacionados aos monômeros encontrados na estrutura química dos flobafenos. Antocianinas e flobafenos são pigmentos sintetizados a partir da naringenina e nos grãos de milho podem ser encontrados na camada de aleurona do endosperma (derivados de antocianinas), ou no pericarpo (derivados de flobafenos). Aparentemente, cada genótipo analisado apresenta uma composição antociânica única em suas folhas (capítulo 3). A quimiometria foi empregada para a análise das varreduras UV-vis dos extratos metanólicos mostrando a aplicabilidade desta ferramenta também na prospecção de biomassas possuidoras de teor interessante de ácidos fenólicos e flavonóides (capítulos 2 e 3). O capítulo 4 trata da caracterização do extrato aquoso foliar obtido a partir das VCM. Chama atenção o elevado teor de compostos fenólicos totais (? 80 mg/g de folha) observado nos chás das folhas de milho, superior ao observado para a infusão de suas flores femininas. O chá de "cabelo" de milho (flores femininas) é indicado pela medicina tradicional, como diurético, antiinflamatório e antitumoral. Além disso, os extratos aquosos das folhas de milho mostraram atividade antioxidante in vitro (ensaio DPPH) interessante, similar a 0,160 mg de Trolox (análogo sintético da vitamina E) e ligeiramente inferior ao extrato aquoso da erva-mate e ao suco de uva. Enfim o conjunto de resultados obtidos com a caracterização dos compostos (poli)fenólicos e carotenoídicos indicaram que as folhas de milho permitem a obtenção de extratos ricos nestes metabólitos secundários de alto valor agregado. Indicando novas alternativas de aproveitamento para esta biomassa, gerando uma possibilidade adicional de renda para os agricultores familiares brasileiros.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2010
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93809
Date: 2012-10-25


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