Abstract:
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A pesquisa do estresse no trabalho tornou-se uma inquietação mundial. O avanço nas publicações e a expansão da literatura demonstram o real interesse do desenvolvimento, do entendimento e da intervenção sobre o tema. O estresse é um mecanismo de reação que, via de regra, é inofensivo. Porém, quando a duração é excessiva e/ou freqüente e, dependendo das características biopsicossociais do sujeito, pode produzir manifestações psicológicas de maior ou menor gravidade, apresentando, possivelmente, manifestações orgânicas mais evidentes. Nesta perspectiva, se o trabalhador vem sentindo e/ou apresentando sinais e sintomas biopsicossociais, isso pode originar problemas em sua saúde, fazendo com que apresente instabilidade em seu desempenho laboral. Neste estudo, através de uma abordagem qualitativa, utilizando instrumento de clima organizacional elaborado pela autora, foram identificados os agentes estressores (ambientais, interpessoais, organizacionais) dos enfermeiros de um hospital público de Santa Catarina. Apresenta-se, também, uma classificação dos tipos de estresse (ocupacional, do trabalho, do papel e individual) prevalentes no contexto laboral. A pesquisa foi realizada em duas etapas, sendo que dos 145 enfermeiros, lotados no hospital, obteve-se a participação de 75 enfermeiros, numa primeira etapa, onde os mesmos responderam um questionário. A segunda etapa contou com a participação de 48 enfermeiros que, novamente, responderam um questionário e realizaram juntamente um exame de IgA salivar, para mensuração do nível de estresse. Neste contexto, foi possível verificar a maior prevalência dos tipos de estresse individual e ocupacional, bem como, percebeu-se que a maioria dos enfermeiros encontra-se com níveis mais altos de estresse emocional do que físico. Todavia, este estudo propõe a identificação dos fatores estressores e tipos de estresse, auxiliando o diagnóstico, a fim de facilitar o entendimento e o gerenciamento do estresse. |