Abstract:
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Nesta pesquisa, pretende-se explicitar criticamente o projeto de educação popular junto às escolas do campo localizadas no município de Chapecó-SC, no período de 1997 a 2004, durante a administração popular realizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), evidenciando os avanços e os limites presentes nas experiências de educação popular no interior de um espaço-tempo institucional estatal. Mais concretamente, analisa-se a educação escolar na perspectiva popular, considerando seus limites na sociabilidade do capital; trata-se dos pressupostos teórico-metodológicos da proposta de educação popular para as escolas do campo; avalia-se a implementação dessa proposta no contexto da educação escolar do município de Chapecó-SC, considerando a administração popular entre 1997 e 2004. Em face do caráter crítico, também se busca entender os processos contraditórios que emergem na sociedade burguesa e a relação entre Estado e educação tendo como referência, principalmente, as obras de Marx, Meszáros, Engels e Florestan Fernandes. A partir da experiência de Educação do Campo em Chapecó-SC, pode-se afirmar que a educação apresenta-se como uma das possibilidades para construir práticas na direção da emancipação humana, contrapondo-se à educação capitalista, embora com limites face à institucionalidade do Estado burguês. Mesmo sob esses limites, a experiência de Educação do Campo da administração popular em questão implicou uma reorganização desde sua concepção até a maneira de desenvolvê-la na prática. Esta então se apresentou como uma das possibilidades de construir práticas na direção da autonomia dos envolvidos, destacando-se o processo de democratização-participação da comunidade escolar e elevando a consciência de classe dos trabalhadores do campo. |