Abstract:
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A ostreicultura no município de Florianópolis é uma importante alternativa de renda para a população local. O objetivo do presente trabalho foi o de contribuir com informações sobre a saúde das ostras cultivadas. Foram coletadas 10 ostras Crassostrea gigas (Bivalvia, Ostreidae), mensalmente, em 6 cultivos localizados nas Baías Norte e Sul de Florianópolis/SC, durante 10 meses (n = 600), no período de dezembro/2007 a setembro/2008. As ostras foram submetidas a análises macroscópicas de incrustações e predadores, técnicas histológicas e contagem total de hemócitos. Ocorreram 29 espécies de animais nas conchas, entre os quais os perfurantes, Myoforceps aristatus (Bivalvia, Mytilidae) e Polydora websteri (Polychaeta, Spionidae), sendo esta última causadora da polidiariose. Foi identificada a presença do "Mal do Pé; alterações teciduais; gametas masculinos hipertrofiados; bactérias do gênero Rickettsia em células da glândula digestiva e tecido conjuntivo; os ciliados Ancistrocoma no lúmen dos túbulos digestivos, e Sphenophrya e Trichodinidae nas brânquias; microsporídeo Steinhausia nos ovócitos; protozoário não identificado no epitélio dos túbulos digestivos e copépodes na glândula digestiva e tecido conjuntivo. Não houve relação entre mortalidade e presença de patógenos. Mortalidades mensais acima de 15% foram relacionadas à presença do predador Cymatium parthenopeum (Gastropoda, Renellidae) e ascídias coloniais. A principal enfermidade foi a polidiariose. Precauções como locais de cultivos adequados e boas práticas de manejo amenizarão o problema. |