Abstract:
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Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, constitui-se de uma porção continental e uma porção insular. Na Ilha de Santa Catarina, as paisagens litorâneas, caracterizadas pela fragilidade ambiental de seus ecossistemas, têm passado por grandes transformações, e vem sendo destruídas por conta da intervenção e ocupação humana. Localizada no sul da Ilha, a localidade do Pântano do Sul, inevitavelmente, incorpora tal lógica de crescimento. Embora o aparato legal constituído ao longo dos anos tenha buscado a ordenação do território, o crescimento pelo qual vem passando a cidade denota a grande contradição entre as ocupações urbanas e o meio natural. Buscando um caminho que conduza a uma relação equilibrada entre paisagem natural e a paisagem construída, este trabalho apresenta diretrizes de ocupação e qualificação do espaço físico para áreas de expansão urbana de Florianópolis, em especial para a localidade do Pântano do Sul, que coloquem a estrutura natural e os espaços públicos como base para a qualificação urbana e ambiental, subsidiando processos de planejamento e projetos urbanos. Para tanto, o trabalho foi pautado em uma série de análises que consideram tanto os aspectos ambientais quanto urbanísticos. Realiza uma leitura dos ecossistemas costeiros integrantes da paisagem natural, das formas de ocupação decorrentes da colonização do território e das transformações urbano-turísticas do presente. A partir daí, analisam-se as formas urbanas decorrentes, bem como os impactos ambientais por elas gerados, por meio de leituras que subsidiam as diretrizes urbano-ambientais estabelecidas. |