Abstract:
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O modelo de atenção aos usuários de álcool e outras drogas desenvolvido no CAPSad, contextualizado no âmbito das Reformas Sanitária e Psiquiátrica, ainda está em fase de implementação, sendo constituído de diferentes racionalidades teórico-metodológicas entre os profissionais nele inseridos. O objetivo deste estudo foi compreender essas racionalidades e suas implicações para as práticas e cuidados do serviço e para o projeto terapêutico institucional. Constituiu-se em um estudo qualitativo exploratório-descritivo, com delineamento de estudo de caso. Os participantes foram dezesseis profissionais do CAPSad de uma cidade de médio porte de um estado do sul do Brasil. A coleta de dados realizou-se por meio da observação participante e de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram divididos e analisados a partir de oito categorias, sendo três emergentes das observações e cinco das entrevistas. Verificou-se um conjunto de contradições entre as trajetórias e as formações profissionais com as práticas e cuidados desenvolvidas dentro do CAPSad, apresentando intervenções ainda baseadas em um modelo biomédico e moral, com pouco engajamento por parte dos profissionais em relação ao serviço. Sugere-se uma supervisão clínico-institucional, a fim de reconstruir o serviço, com práticas mais efetivas de intervenção, de acordo com o que preconiza a política nacional nesta área. |