Abstract:
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Esta pesquisa tem como objetivo registrar parte da história dos Kaingáng do Oeste Catarinense, localizados na Terra Indígena Xapecó/SC, no cruzamento dos rios Xapecó e Chapecozinho, entre os municípios de Ipuaçu e Entre Rios, aproximadamente a 30 km de Xanxerê/SC. Adotou-se a metodologia da Etno-história, com destaque para a história oral, a memória, as fontes escritas e as pesquisas de campo. Entre as fontes está o jornal A Voz de Chapecó, fundado em 1939 - que passou por censuras policiais no período do Estado Novo (1937-1947), interrompendo suas edições dominicais - e os artigos publicados pelo jurista Antonio Selistre de Campos (1881-1957). O recorte temporal, de 1939 a 1952, prende-se ao fato de ser o período de maior número de artigos publicados pelo jurista. Assim, o entendimento das atuações de Antonio Selistre de Campos em prol dos Kaingáng pode ser compreendido nas relações que foram estabelecidas entre ele, os Kaingáng e o SPI, em suas diferentes fases de administração, principalmente a partir de 1941, quando o Posto Indígena é implantado pelo SPI no interior da TI Xapecó. Daí a importância desses artigos em sua função social por conterem denúncias públicas, abordando a temática indígena, relacionadas aos temas da educação, da saúde e da terra |