Abstract:
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Este estudo analisa a influência das políticas culturais no campo organizacional dos museus a partir da teoria institucional. Para tanto, foram identificadas e caracterizadas as políticas culturais praticadas pelos governos do Estado de Santa Catarina, de 1987 a 2006, a partir de seu posicionamento político, dos valores orientadores, do foco e do papel do Estado no campo. Também foram identificados os principais atores sociais que compõem o campo museal catarinense neste período e seus recursos de poder. A influência das políticas no campo foram analisadas através das alterações que ocorreram no período na configuração do campo, interpretada através do seu grau de estruturação, da posição ocupada pelos principais atores que nele operam e seus recursos de poder. A pesquisa teve os dados coletados através de entrevistas semi-estruturadas com gestores públicos e profissionais de organizações museais e de observação participante em eventos envolvendo atores do campo. Os resultados apontaram para um campo que passou de uma estruturação que o caracterizava como "emergente' para a de "campo em expansão". O Estado, apesar da descontinuidade de políticas e do afastamento gradual do campo, se apresenta como importante ator e influenciador de sua configuração. Também observou-se que uma estrutura de dominação externa à estrutura do Estado, o Núcleo de Estudos Museológicos da Universidade Federal de Santa Catarina, aparece como a mais importante promotora de políticas para o campo. |