Abstract:
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O presente trabalho, partindo do pressuposto de que a guerra ao terror é ilegal e ilegítima, na medida em que não encontra fundamento nas normas-regras e normas-princípios do direito das gentes contemporâneo, busca compreendê-la à luz da biopolítica, segundo o desenvolvimento elaborado por Giorgio Agamben em sua tetralogia "homo sacer". Referida análise restou frutífera, pois logrou comprovar que a guerra ao terror, concebida como uma política de gestão da vida da população atingida por sua conflagração, tem por finalidade tanto a sua proteção como o firme propósito de extingui-la, qualificando-se, desta sorte, em tanatopolítica, isto é, em gestão econômica da morte daqueles a quem se atribui a qualidade de terrorista. Trata-se, portanto, daquilo que se conceituou de bioguerra: uma guerra contra a vida. |