Abstract:
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A carcinicultura é o segmento da aqüicultura que mais cresce no mundo. Porém, o maior problema enfrentado pela indústria é a ocorrência de enfermidades que assolam os cultivos. Em Santa Catarina, a produção de camarões cultivados era crescente até os últimos anos, quando o Estado passou a ser afetado por perdas drásticas na produção causadas pelo vírus da Síndrome da Mancha Branca (White Spot Syndrome Virus - WSSV). Assim sendo, foi estabelecido um conjunto de medidas de controle da enfermidade envolvendo pesquisas em diferentes áreas. O presente estudo foi desenvolvido dentro desta perspectiva, visando estimar a prevalência do vírus em exemplares da espécie endêmica de caranguejo (Chasmagnathus granulata) do ambiente natural e do viveiro de cultivo de uma fazenda, onde foram investigados também camarões cultivados (Litopenaeus vannamei). Paralelamente foi realizada a padronização do diagnóstico do WSSV através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) de dois passos (nested) utilizando-se os iniciadores recomendados pela OIE e anteriormente descritos na literatura. Foi estimada uma prevalência no mínimo de 5% e no máximo de 23% para os caranguejos coletados no ambiente. Na fazenda, no Tempo1 de coleta, os caranguejos apresentaram prevalência em torno de 97% e os camarões em torno de 90%. No Tempo2 não foi detectada a presença do WSSV nos caranguejos e nos camarões foi detectada uma prevalência do vírus em torno de 27%. Neste estudo, a utilização da PCR como ferramenta de diagnóstico e detecção de estágios virais latentes mostrou-se uma arma eficiente no monitoramento desta enfermidade presente nos cultivos. |