Por uma perspectiva social dialógica da linguagem: repensando a noção de indivíduo

Repositório institucional da UFSC

A- A A+

Por uma perspectiva social dialógica da linguagem: repensando a noção de indivíduo

Mostrar registro completo

Título: Por uma perspectiva social dialógica da linguagem: repensando a noção de indivíduo
Autor: Severo, Cristine Görski
Resumo: Esta tese trata da relação entre indivíduo, sociedade e linguagem, com o objetivo de discutir e propor algumas bases epistemológicas (éticas e políticas) para uma perspectiva social dialógica da linguagem. Para tanto, são descritas e analisadas duas abordagens sociais da linguagem, uma de natureza filosófica, representada por Bakhtin, e outra de natureza empírica, representada por Labov, as quais são previamente contextualizadas a partir de três séries históricas - o subjetivismo idealista (Humboldt), o objetivismo abstrato (neogramáticos, Saussure e Meillet) e a perspectiva ideológica (Marx e Iakubinskii). Em Bakhtin e Labov, rastreio o tratamento dispensado ao indivíduo, bem como a relação que os dois teóricos estabelecem entre o indivíduo, a sociedade e a linguagem. Também exponho alguns escritos filosóficos de Arendt, Foucault e de Giddens, para contrapor as reflexões de Bakhtin e Labov ao pensamento desses teóricos. Por fim, faço um balanço das explanações analíticas desenvolvidas na tese, apontando aspectos que julgo pertinentes e relevantes, e que devem ser considerados como basilares em uma teoria social dialógica da linguagem, tais como: uma definição de linguagem que envolva a questão da identidade e das práticas sociais, sendo aquela vista como heterogênea e "relativamente estável"; uma concepção dialética de língua (ela reflete e produz o mundo e as identidades); uma visão de sujeitos reflexivos, políticos e eticamente responsáveis, que se constituem na relação com a alteridade e que desempenham seus papéis - fazendo uso da linguagem - enquanto inscritos em contextos sociais de interação; a existência da relação forte entre a questão da identidade e variação/mudança lingüística; a consideração de que mudanças sociais (e lingüísticas) podem ser iniciadas nas margens (grupos ou linguagens marginalizadas); um modelo de pesquisa em que ambos o pesquisador e o seu objeto de pesquisa se implicam mutuamente, um gerando efeitos sobre o outro; um compromisso político do pesquisador com suas teorias e pesquisa, uma vez que elas promovem ações no mundo; e o entendimento de que a relação dialógica com o objeto de estudo pode produzir mudanças constantes no processo de pesquisa.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89758
Data: 2007


Arquivos deste item

Arquivos Tamanho Formato Visualização
241708.pdf 1.390Mb PDF Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro completo

Buscar DSpace


Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística

Compartilhar