Abstract:
|
Trata-se de uma pesquisa convergente-assistencial que tem como objetivos identificar nos discursos e na prática da enfermagem o diálogo entre esta e o cliente impossibilitado de comunicação verbal à luz da teoria humanística de Paterson e Zderad; e analisar o processo comunicacional que ocorre entre a equipe de enfermagem e o cliente impossibilitado de comunicação verbal. A coleta de dados ocorreu no período de abril a julho de 2005, com nove técnicos de enfermagem do turno Noite B do Centro de Terapia Intensiva de um hospital privado de Porto Alegre/RS. Utilizamos a observação não participante e de três oficinas, chamadas de Oficinas Existenciais. As informações coletadas foram agrupadas de acordo com os temas discutidos nas oficinas e observação não participante, sendo compilados em quatro categorias de forma a contemplar os objetivos propostos, sendo assim: o conhecer a si e aos outros; a comunicação entre a enfermagem e cliente, família e outros profissionais da saúde; a experiência do não cuidado e analisando o processo comunicacional entre a enfermagem e o cliente. As reflexões possibilitaram reconhecer que a relação dialógica ainda permanece um tanto prejudicada pela #robotização das pessoas que cuidam#, que deixam de perceber e conhecer a si e ao cliente nas suas condições de ser humano. As vivências desveladas por cada participante apontam para a necessidade de integração entre os profissionais da saúde nas questões terapêuticas e ao entendimento no processo comunicacional com o cliente, através do estar com, do ser mais, da transferência do amor e da compaixão. Além disso, o discurso do ideal necessita ser o mesmo da ação real para que o cuidado seja humanizado. |