Abstract:
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Esta pesquisa investiga a percepção e a produção dos fonemas fricativos interdentais, /T/ and /D/, por brasileiros estudantes de inglês como língua estrangeira (EFL), oriundos de diferentes níveis de aprendizado. Os principais objetivos desta investigação são verificar (a) a possibilidade de haver um padrão de substituição dos fonemas em questão; (b) se os participantes percebem substituições das fricativas interdentais; (c) se há influência da expiência de estudo de inglês na performance dos estudantes; (d) se há correlação entre a percepção e a produção dos fonemas em questão, e (e) se um dos fonemas em questão é mais difícil do que o outro. Os participantes deste estudo são dois grupos de alunos do Projeto Extracurricular de Ensino de Línguas da Universidade Federal de Santa Catarina, 12 estudantes do nível pré-intermediário e 12 do nível avançado. Os estudantes fr EFL fizeram três testes de produção e três de percepção e cinco falantes nativos de inglês participaram como grupo controle nos testes de percepção. Os testes de produção consistem em (a) leitura de texto, (b) reportar a estória do texto, e (c) leitura de uma lista de frases. Os testes de percepção são (a) ouvir a uma estória gravada e identificar qualquer erro de pronúncia em consoantes em inicício de palavras, (b) um teste de discriminação, e (c) um teste de identificação. A principal proposição teórica para o estudo foi o Modelo de Aprendizagem da Fala (Speech Learning Model, Flege, 1995), o qual propõe a possibilidade de que os aprendizes de língua estrangeira atinjam uma pronúncia tal qual a nativa. Os resultados sugerem que (a) existe um padrão de substituição dos fonemas em questão; (b) a percepção das substituições varia de acordo com o tipo de teste; (c) a experiência com a língua estrangeira pouco influencia a produção e a percepção dos fonemas; (d) não existe correlação entre a percepção e a produção, e (e) /T/ é menos difícil de perceber e produzir do que /D/. |