Abstract:
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O presente trabalho buscou caracterizar a estrutura e dinâmica relacional de famílias que estão no Estágio Tardio do ciclo vital na perspectiva de cada um dos membros do casal de idosos. Utilizou-se da abordagem da pesquisa qualitativa, sendo entrevistadas onze famílias, representadas por seus respectivos casais, totalizando vinte e dois participantes. Os instrumentos para a coleta de dados foram dois: um roteiro estruturado, o qual o casal respondia em conjunto e outro semi-estruturado, que foi respondido individualmente. A análise dos dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo do tipo categorial-temática. Foram estabelecidas sete grandes categorias e suas respectivas subcategorias de análise. O pensamento sistêmico e a teoria do ciclo vital foram os suportes teóricos que sustentaram a análise dos resultados. Dentre estes se destaca: os sentimentos e vivências advindos do processo de envelhecimento, no qual surgem as preocupações, a resignificação da espiritualidade, a experiência da viuvez e as diferenças de gênero. A velhice como fase de mudança e reclusão em que há a vivência da aposentadoria e a conseqüente diminuição da renda e da rede de amigos. A dificuldade de conviver com crenças e valores atuais e, por outro lado, a sabedoria, a experiência e a tranqüilidade, são como ganhos desse período. Conclui-se que as pessoas que estão no Estágio Tardio, hoje, estão diante do desafio de conviver com as conseqüências das diferentes configurações familiares, coexistindo com o modelo tradicional configurando um distanciamento entre as gerações. Essa temática ainda necessita ser investigada e apreciada pelos profissionais de saúde no sentido de se prepararem para lidar com famílias em Estágio Tardio. |