Abstract:
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As unidades críticas em uma instituição hospitalar são destinadas para o atendimento de pacientes em estado agudo e grave que requerem cuidado especializado, equipe qualificada e tecnologia condizente com as ações complexas nelas desenvolvidas. Neste contexto, que envolve o atendimento ao paciente crítico, é possível perceber que os trabalhadores da enfermagem enfrentam situações as quais lhes exigem habilidade técnica, conhecimentos específicos, desgaste físico e mental, bem como, bom relacionamento interpessoal para enfrentar questões inerentes ao seu processo de trabalho. Este estudo teve como objetivos investigar a relação existente entre a demanda psicológica e o controle do trabalhador sobre seu trabalho em unidade de terapia intensiva adulto, pronto socorro/ pronto atendimento, centro cirúrgico e sala de recuperação anestésica, e unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal; associar distúrbios psíquicos menores com o trabalho realizado nas unidades críticas e, por último, buscar estratégias individuais e coletivas de suporte social que possam levar a melhoria do seu dia-a-dia de trabalho, minimizando os desgastes provenientes das cargas de trabalho. Trata-se de um estudo epidemiológico, de corte transversal sendo em que o Modelo Demanda-Controle de Karasek e Thorell, e o SRQ-20 fundamentaram teoricamente a coleta e a análise dos dados. Para a coleta dos dados foi utilizado um instrumento que contempla o perfil sócio demográfico do trabalhador, a versão resumida da Job Stress Scale e o Self Reporting Questionnaire-20. Os dados foram armazenados no banco epinfo 6-0 e para extração das freqüências e análise dos dados utilizou-se do programa estatístico Sphinx. Como resultado global encontramos que 44,1% dos trabalhadores percebem seu trabalho como de alto desgaste e 42,5% apresentam respostas afirmativas para distúrbios psíquicos menores. Como sugestões para minimizar os desgastes no ambiente das unidades críticas os trabalhadores pontuaram questões que envolvem um maior suporte social ao indivíduo e ao grupo, alternativas de organização interna das unidades, medidas de gerenciamento de enfermagem e medidas de gerenciamento institucional. |