Abstract:
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Esta dissertação se insere na linha de Pesquisa Trabalho e Educação. Trata-se do resultado de um estudo sobre formação para o trabalho no contexto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Por meio dela, procurou-se levantar algumas questões relativas à contraditória tarefa de propor formação técnica profissional a partir de um movimento social que busca a transformação, mas que, no entanto, deve relacionar-se com a sociedade de classes. O estudo evidencia a relação entre educação e sociedade, contextualizando a origem e disseminação do pensamento liberal e utópico e suas influências na educação, considerando a sociedade moderna. Observando o contexto educacional do MST, procura situar as propostas e as ações na perspectiva da formação profissional, buscando compreender a concepção de trabalho que predomina nos materiais e cursos existentes. Por fim, pretende compreender a essência da formação defendida pelo Movimento Sem Terra, com base nas entrevistas realizadas, na análise dos documentos e na observação de algumas experiências educacionais já desenvolvidas. Embora muitos cursos de formação profissional tenham surgido com o objetivo de atender necessidades técnicas e produtivas relacionadas à própria sobrevivência dos assentamentos, a proposta de educação defendida pelo MST procura se constituir como um projeto de emancipação, colocando em evidência os princípios de resistência e luta social. |