Fórum do maciço do Morro da Cruz e AGRECO como espaço transitório: germinando a espacialização de relações solidária em Santa Catarina

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Fórum do maciço do Morro da Cruz e AGRECO como espaço transitório: germinando a espacialização de relações solidária em Santa Catarina

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Title: Fórum do maciço do Morro da Cruz e AGRECO como espaço transitório: germinando a espacialização de relações solidária em Santa Catarina
Author: Grade, Marlene
Abstract: O pressuposto de nosso estudo é a caracterização dos elementos produzidos pela sociedade capitalista e que se constituem em pré-condições materiais e sociais para uma sociedade superior à burguesa. Partiu-se das condições dadas atuais legadas aos homens pelas gerações passadas: 1 - os homens produtores diretos não encontram mais possibilidades de se reproduzir como força de trabalho ao capital, desvalorizam-se; 2 - o grau de desenvolvimento das forças produtivas e das relações sociais de produção impossibilitam o retorno a estágios anteriores da reprodução humana e sua operação só pode ser socialmente; e 3 - uma imensa massa de riqueza confronta-se com os produtores diretos. Para superar essas contradições os homens produtores diretos lutam por se manterem vivos. Evidenciou-se essas lutas em alguns experimentos singulares no estado de Santa Catarina no final do século XX e início do século XXI: o Fórum do Maciço do Morro da Cruz, na cidade de Florianópolis, a Agreco, na região sul de Santa Catarina e o Fórum de Economia Solidária, unindo estes dois espaços, buscando ressaltar os elementos que se têm apresentado como possibilidade de construção de uma sociedade superior a capitalista, mesmo que transitórios. Esses experimentos expressam singularmente os limites à reprodução dos homens produtores diretos pelo capital que se tecem em luta para superar sua condição de homens desvalorizados, o espaço em construção é o espaço da transitoriedade que encontra na solidariedade seu novo nexo. Nesse sentido apresentou-se como característica singular engendrado pela materialidade do modo de produção capitalista o ato teleológico do capital em sua fase madura, nele os homens burgueses atuam no presente em função de um futuro esperado. Esse elemento é o que permite aos homens desvalorizados pelo capital lutarem conscientemente por uma sociedade de novo tipo. Assim, a partir do mais alto grau de desenvolvimento das forças produtivas burguesas, o ato teleológico para uma nova sociedade só poderá ser concebido como uma tentativa de superação da ordem vigente. Esses experimentos evidenciam-se contraditórios: não conseguem mais ser o que foram, porém não conseguem, ainda, saber o que serão, evidenciando que os homens não se fazem como desejam, mas sim como a história lhes permite. Porém, a vida tem que ser vivida todos os dias, e assim o fazendo os homens desvalorizados pelo capital engendram os alicerces de uma sociedade do vir-a-ser. Nosso estudo é por desvelar esses elementos transitórios para uma sociedade superior à capitalista nos experimentos reais no estado de Santa Catarina. A base teórica de nosso estudo é a formulação do professor Dr. Idaleto Malvezzi Aued do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina, que tem por fundamento a teoria de Karl Marx e que se manifesta numa geografia do espaço transitório do capitalismo ao comunismo.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88532
Date: 2006


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