Abstract:
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Esta tese analisa o sindicalismo bancário no processo de redefinição das relações entre banqueiros e bancários durante a reestruturação financeira ocorrida nos anos noventa no Brasil. As influências das políticas neoliberais, das relações econômicas de crédito, da desnacionalização e da reorganização do capital bancário sobre a formação identitária dos trabalhadores e sobre a sua organização sindical fizeram parte da análise. Verificou-se a ampliação da segmentação de classe entre os trabalhadores em bancos, a preservação de elevadas taxas de sindicalização nos sindicatos dos bancários, a constituição de grandes máquinas sindicais metropolizadas, a recomposição dos seus mecanismos de contratação do trabalho e o desenvolvimento de avançadas estratégias para a ampliação dos mecanismos de reconhecimento externo e interno. Conjugadas essas táticas de organização, os sindicatos dos bancários sobreviveram à crise sindical dos anos noventa, ajustaram-se aos desafios da reestruturação financeira e re-orientam a representação dos múltiplos interesses dos trabalhadores integrados aos objetivos estratégicos das corporações financistas, contribuindo para a conflituosa ampliação da subsunção real do trabalho no capital. |