Abstract:
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A maricultura está em expansão no litoral de Santa Catarina e o município de Florianópolis é o maior produtor de ostras do Brasil, onde se cultiva a espécie japonesa Crassostrea gigas (Thunberg, 1793). Há necessidade de estudos que auxiliem a elucidar a identificação das espécies brasileiras do gênero Crassostrea. O presente trabalho teve como objetivo contribuir com a sistemática do gênero, para ostras da região da Grande Florianópolis. Para isso, foram coletados 50 animais (Crassostrea sp.) em 5 pontos de coleta. Nestes espécimes foram realizadas análises morfológicas e citogenéticas, utilizando C. gigas como grupo externo. O estudo baseado na morfologia das conchas não forneceu dados suficientes para identificação, somente isolou o grupo externo. As análises da pigmentação da impressão muscular e da conformação dos tentáculos da borda do manto também não apresentaram dados aplicáveis para a diferenciação. O estudo citogenético confirmou que o número cromossômico é 2n=20, constituído por cromossomos metacêntricos, com o segundo par limítrofe com submetacêntrico. O número haplóide (n=10) encontrado nas células meióticas, confirmou o número diplóide nas células mitóticas. A Análise de Componentes Principais (PCA) agrupou as ostras nativas diferenciando de C. gigas, mantendo-as muito próximas entre si. Através de análise de Cluster englobando as espécies descritas para o Atlântico Sul e Caribe, foi possível aproximar Crassostrea sp. de C. rhizophorae (Guilding, 1828), porém, sem poder afirmar que sejam a mesma espécie. Os sítios ativos nas regiões organizadoras de nucléolos foram evidenciados na posição telomérica dos braços longos nos cromossomos 3 e 4. Este estudo sugere a aplicação do nome Crassostrea brasiliana (Lamark, 1819) para a ostra do mesolitoral da Grande Florianópolis. |