Abstract:
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Os motoristas de ônibus urbano, ao exercerem suas atividades, particularmente, os que atuam em áreas metropolitanas, são solicitados a atender a elevadas demandas físicas e mentais. Essas solicitações de trabalho levam a acentuado desgaste, que se expressa pela fadiga psicofísica e suas conseqüências, manifestadas por doenças psicossomáticas e mentais. Esta pesquisa visa levantar os fatores causais de aparecimento de fadiga em motoristas de ônibus urbanos de uma empresa, listando as principais queixas de saúde dos trabalhadores, verificando suas relações com as características do trabalho desse grupo profissional. O método empregado foi o da pesquisa exploratória, através de estudo de caso, empregando-se a técnica de entrevistas semi-estruturadas, com emprego de questionário, com questões direcionadas a sintomas vinculados à fadiga e os registros de dados referentes à saúde existentes na empresa. Foram encontradas elevadas prevalências de queixas de cansaço, dores articulares, alterações digestivas e estresse pelo trânsito intenso. Houve uma maior incidência de doenças mentais, circulatórias e digestivas entre os motoristas, quando comparada com grupo de controle. Foram evidenciadas condições de trabalho inadequadas como escalas com pausas insuficientes, tempo exíguo para cumprimento de trajetos e relacionamento interpessoal inadequado com o público e a empresa. Conclui-se que é necessário haver escalas de trabalho com tempo de pausa suficiente para repouso; adequação dos terminais urbanos de transporte aos trabalhadores, oferecer locais para descanso e tomada de refeições; melhoria contínua dos postos de trabalho dos motoristas; participação dos trabalhadores na melhoria das condições de trabalho e na elaboração das normas de condutas dos empregados. A intervenção nos fatores de fadiga detectados é sugerida. |