Um homem para chamar de pai: as concepções de paternidade de meninos afastados de suas famílias e colocados em regime de abrigo

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Um homem para chamar de pai: as concepções de paternidade de meninos afastados de suas famílias e colocados em regime de abrigo

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Title: Um homem para chamar de pai: as concepções de paternidade de meninos afastados de suas famílias e colocados em regime de abrigo
Author: Hoepfner, Ângela Maria
Abstract: A importância da figura do pai nos tradicionais estudos sobre o desenvolvimento infantil e do adolescente tem sido em relação à autoridade e limites, nos processos de constituição do sujeito, visto como uma figura que ocupa um lugar secundário na formação de seus filhos. Na perspectiva histórico-cultural em psicologia o homem é visto como produto e produtor da realidade e da história através de sua ação no mundo, sendo que este processo se dá através da mediação de instrumentos e signos. As relações que uma criança estabelece no/com o mundo são inicialmente mediatizadas por seus adultos, sejam eles do sexo feminino ou do sexo masculino. O modelo de pai presente no ideário coletivo da atualidade é o modelo das classes dominantes, isto é, o pai provedor e protetor da tradicional família burguesa. Esta pesquisa teve a intenção de investigar como é que meninos idealizam-se como pais, partindo de dois pressupostos: 1 # tanto a figura materna como a figura paterna, podem ocupar lugares semelhantes nas experiências da criança com o mundo como mediadores, independente do sexo ao qual pertencem: 2 # a internalização de concepções/papéis/modelos de ser homem/pai para meninos/adolescentes está relacionada com experiências vividas com outros homens, além do próprio pai, na vida cotidiana. Foram entrevistados seis meninos/adolescentes afastados de suas famílias, oriundos das camadas populares, com idades entre 12 e 17 anos e em regime de abrigamento no município de Joinville. A coleta de dados deu-se através de entrevista semi-estruturada e de um "grupo focal", com o objetivo de buscar os depoimentos dos sujeitos da pesquisa em relação à suas experiências com o pai biológico e/ou substituto e um outro homem que pode ser chamado de pai. Constatou-se que as figuras de pai e de mãe ocupam lugares semelhantes nas experiências da criança com o mundo como mediadores, independente do sexo ao qual pertencem e que outras pessoas, além do próprio pai, pertencentes ao sexo masculino ao desempenharem atividades relacionadas aos papéis de pai, no cotidiano de meninos afastados de suas famílias, podem ser significativas para a internalização de concepções/papéis/modelos de paternidade.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87900
Date: 2004


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