O papel das crises para a teoria de Marx sobre a derrocada do capitalismo

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O papel das crises para a teoria de Marx sobre a derrocada do capitalismo

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Título: O papel das crises para a teoria de Marx sobre a derrocada do capitalismo
Autor: Rutkoski, Márcio Moraes
Resumo: Essa dissertação desenvolve a hipótese de que na obra de Karl Marx, principalmente em "O Capital" como registro mais completo de sua teoria, não existe de forma separada, seja numa seção ou num capítulo específico uma teoria sobre as crises. O objetivo de Marx nos seus escritos econômicos, e que alcança sua forma mais acabada em "O Capital" é formular uma teoria da derrocada do modo de produção capitalista, em que as crises ocupam destacado papel. A teoria de Marx mesmo na sua forma mais abstrata, quando analisa o capital em geral, é em si uma teoria da derrocada do capitalismo, em que as crises representam os sintomas periódicos e inevitáveis do aprofundamento das contradições entre o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social e das relações sociais de produção e distribuição capitalistas, determinando os limites para o desenvolvimento da produção capitalista, evidenciando seu caráter como modo de produção histórico e transitório. Quando o modo de produção capitalista atinge um grau de desenvolvimento mais elevado, as crises aparecem na forma de crises de crédito, de subconsumo, de desproporção entre os setores produtores de meios de produção e bens de consumo e como crises provocadas pela queda da taxa média de lucro. Mas, na sua essência são crises de superprodução de mercadorias, superacumulação de capital, como resultado do rompimento dos limites impostos pelas relações sociais de produção à expansão da capacidade de produção para além das necessidades de valorização do capital. A crise apresenta um caráter qualitativo duplo, ao mesmo tempo em que evidencia as contradições do sistema, atua como contratendência a derrocada ao restituir as condições de valorização do capital ao desvalorizar ou mesmo desativar parcela do capital existente, centralizando a propriedade do capital e criando uma superpopulação trabalhadora relativa. Ao superar os limites que lhe são imanentes, a produção capitalista transfere esses limites de forma potencializada para o futuro, sem nunca poder superá-los definitivamente.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Economia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87735
Data: 2004


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