Taxonomia de lenhos do planalto de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil (permiano da bacia do Paraná)

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Taxonomia de lenhos do planalto de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil (permiano da bacia do Paraná)

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Título: Taxonomia de lenhos do planalto de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil (permiano da bacia do Paraná)
Autor: Nehls, Christian
Resumo: O trabalho em pauta tem como objetivo ampliar o conhecimento lignitafoflorístico do Permiano da Bacia do Paraná, em Santa Catarina, através do estudo taxonômico de lenhos oriundos do Planalto de Canoinhas, norte do Estado. Para isso foram realizadas seis viagens de campo para coleta de material, obtendo-se um total de seis fragmentos lenhosos, coletados em afloramentos fossilíferos existentes na área em questão. Destes, duas amostras integralmente preservadas foram selecionadas, uma proveniente da Formação Rio Bonito (CP/P 110), Município de Mafra; e uma da Formação Teresina (CP/P 112), Município de Monte Castelo. Além destes, foi incorporada a pesquisa uma amostra já existente no acervo paleontológico do CENPÁLEO (CP/P 111), oriunda do mesmo local de CP/P 110. O material coletado, foi mensurado e fotografado, então foi submetido à laminação petrográfica no Instituto de Geociências/USP e a analise anatômica em microscópio óptico no Laboratório de Paleobotânica do Departamento de Botânica, CCB, UFSC e no Laboratório de Microscopia do CENPÁLEO, UnC/Mafra, durante a qual foram descritas as características anatômicas de cada exemplar. A identificação taxonômica foi realizada através de comparação dos lenhos obtidos com espécimes de mesma idade, descritos na literatura. Desta constatou-se que CP/P111 possuía muitas semelhanças, entre estas, medula diafragmada, pontoações radiais dos traqueídeos do tipo subpodocarpóide, campos de cruzamento do tipo filocladóide e o xilema primário endárqueo, com Retemedulloxylon refertum Merlotti 1998a, espécie já descrita, optando-se por designa-lo como sendo a mesma espécie. O outro fragmento coletado em Mafra, CP/P 110, apesar de ser muito semelhante a Aterradoxylon Merlotti 1999b quanto as pontoações radiais dos traqueídeos e dos campos de cruzamento e o xilema primário endárqueo, possui características diferentes como, uma medula maciça e heterogênea composta por células parenquimáticas e células secretoras, que o diferencia dos demais espécimes consultados na literatura, portanto, optou-se por criar um novo gênero e espécie, Mafroxylon belavistense. O espécime CP/P 112, constituído apenas por um manto radicular, foi possível se observar à existência de inúmeros anéis compostos por fibras esclerenquimáticas, os quais estão imersos em células parenquimáticas. No interior destes anéis também foi encontrado parênquima, e em seu centro ocorre a incidência de um círculo de origem parenquimática, inédito na literatura, onde o xilema primário exárqueo esta imerso. Como o espécime somente era constituído pelo manto radicular, não foi possível determinar a qual espécie este fragmento pertence, mas devido as suas afinidades ao gênero Psaronius Cotta 1832, como uma actinostele com 6 pontas, optou-se por coloca-lo como pertencente ao mesmo gênero. Neste espécime foi constatada a presença de uma epífita desconhecida e de Tubicalis sp., que representa uma pequena pteridófita epifítica, com protostelos exárqueos e xilema entre as células parenquimáticas. Estas se apresentam normalmente arredondadas em vista transversal e alongadas em altura longitudinalmente.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87605
Data: 2004


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