Abstract:
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Esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores de risco envolvidos nos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho entre ordenhadores catarinenses e propor mecanismos que possam contribuir para a melhoria da saúde no trabalho destes profissionais. Além da incidência, verificou-se as regiões anatômicas afetadas e o risco desta atividade comparando-a com outras profissões. Como metodologia, utilizou-se a Análise Ergonômica do Trabalho para identificar os fatores de risco na atividade de ordenha; para determinar-se a incidência e localização das partes anatômicas afetadas utilizou-se o Questionário Nórdico Padrão e o estudo de risco comparativo com outras atividades foi realizado com base na metodologia de Jonsson. Acompanhando o trabalho verificou-se que existe uma inadequação do posto de trabalho levando os ordenhadores a adotarem posturas constrangedoras, que não existe uma adaptação dos equipamentos aos ordenhadores e que existiam sobrecargas músculo esqueléticas principalmente na região dos membros superiores, costas e membros inferiores. Os principais resultados encontrados foram que a ordenha possui um alto risco de desenvolvimento dos DORT quando comparada com outras profissões e que as principais regiões anatômicas envolvidas como alto risco foram para os homens pulsos/mãos, coluna superior, quadril; e para as mulheres cotovelos, pulsos/mãos, coluna (superior e inferior), quadris, joelhos, tornozelos e pés; segundo o Questionário Nórdico Padrão. A dor apresentou uma característica multifocal onde 33% dos ordenhadores, ou seja um em cada três, apresentou algum tipo de dor nos três segmentos corporais pesquisados. Quanto aos sistema de produção verificou-se que a ordenha manual pode ser considerada um fator predisponente para a dor nos pulsos/mãos, costas inferior e pés/tornozelos. |