Abstract:
|
Construído a partir de uma série de conceitos emprestados de diversas áreas do conhecimento, o Endomarketing tem sido colocado como uma opção moderna na tarefa de obter uma elevação no nível de comprometimento das pessoas com as organizações às quais estão ligadas por relações de trabalho. Entretanto, confundido muitas vezes com a simples ação de comunicação interna ou, pior, com a adoção de práticas paternalistas, o Endomarketing vem sendo colocado numa lógica que parte de um princípio contrário ao do Marketing, do qual ele se originou. Ao invés de - como o Marketing - ter como objetivo primordial a satisfação dos desejos do cliente - no caso, o empregado -, ele tem sido dirigido no sentido de fazer com que prevaleçam sobretudo os interesses das empresas. Essa posição é observada na quase totalidade dos autores que tratam do assunto e que se ocupam, via de regra, em apresentar alternativas para a utilização de instrumentos que garantam esse comprometimento, deixando em segundo plano os interesses e desejos dos empregados. Em tempos de crescente discussão e preocupação com a chamada Responsabilidade Social das Organizações, esse fenômeno ganha nova e maior dimensão, principalmente em se considerando que parece unânime o conceito de que essa responsabilidade é demonstrada em todas as relações de uma organização, incluindo-se, obviamente, as que ela mantém com seus empregados. O pressuposto, então, é o de que, uma vez assumida pela organização, essa postura de Responsabilidade Social contribua diretamente para eliminar as distorções referenciadas do Endomarketing. Esta dissertação busca oferecer uma contribuição para a discussão desses conceitos, cujo entendimento se apresenta como preponderante para a melhoria das relações entre as organizações e as pessoas que as integram, com ganhos efetivos para ambas. |