Abstract:
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Nos dias atuais, as empresas voltam-se cada vez mais ao novo paradigma da gestão do conhecimento, no qual um dos pressupostos é que as pessoas constituem o principal patrimônio de todas as organizações, passando o capital humano das empresas a ser uma questão vital o sucesso organizacional. A capacitação, neste contexto, passa a ser considerada um dos pontos-chave para a melhoria da produtividade e, por extensão, da qualidade dentro dessa nova abordagem. Porém, para que a capacitação alcance os objetivos pretendidos, é necessário que ela esteja baseada na realidade do trabalho, sendo que uma das possibilidades dos programas de capacitação é trabalhar com a abordagem cognitivista, mais especificamente com mapas cognitivos, que constituem-se em uma representação gráfica de um conjunto de representações discursivas do que se defende como correto em um contexto particular. Assim sendo, o objetivo do trabalho é apresentar a ferramenta dos mapas cognitivos, com base na análise ergonômica das atividades, como uma estratégia para a formulação de programas de capacitação, fundamentados no fato de que o mapeamento cognitivo fornece subsídios que permitem ao sujeito refletir sobre a sua própria visão e adquirir, com mais eficicácia, conhecimentos sobre um determinado domínio. Para tanto, realizou-se um estudo de caso em uma empresa do setor de colorifícios cerâmicos do município de Criciúma, SC, onde fez-se a análise ergonômica das atividades de duas funções (ajudantes de produção e líderes de produção), no setor de fornos de fusão. Concluiu-se que a maioria dos programas de capacitação não leva em conta a real atividade desenvolvida, baseando-se nas tarefas prescritas, correndo o risco de se tornarem ineficazes, pois acabam por enfocar conteúdos desnecessários, em detrimento de conteúdos relevantes para a realização do trabalho. |