Abstract:
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A tese estuda os efeitos do excessivo fracionamento das terras que conformam as unidades de produção agrícolas sobre a sustentabilidade dos sistemas de produção praticados pelos agricultores familiares. O parcelismo é um fenômeno que se origina principalmente da constituição de unidades de produção com formatos territoriais inadequados, e da fragmentação de seu território. Trata-se de um processo típico de regiões de agricultura familiar e seus efeitos podem se constituir em um sério obstáculo ao desenvolvimento sustentável de determinadas regiões rurais. A pesquisa foi realizada na área que compõe o Conselho Regional de Desenvolvimento do Centro do Estado do Rio Grande do Sul (COREDE-Centro/RS), abrangendo 34 municípios localizados na região central do Estado. A base metodológica utilizada foi da Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários, complementada com as técnicas de pesquisa da Análise Multivariada e de técnicas de levantamento de dados. O estudo identificou, caracterizou e quantificou diversos impactos sócio econômicos e ambientais causados pela problemática pesquisada. Embora tais impactos tenham dimensões diferenciadas nos sistemas de produção estudados, resultam em uma significativa perda de eficiência das unidades de produção, que tendem a ser excluídas do processo produtivo. As estratégias adotadas pelos agricultores mediante a ameaça de exclusão agravam ainda mais o problema. Assim, a tese sugere a implementação de políticas públicas de reordenamento fundiário visando reduzir o número de parcelas e corrigir os problemas decorrentes ao formato das parcelas. |