Abstract:
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Este trabalho apresenta uma proposta de avaliação de desempenho dos ambientes do Centro Cirúrgico (CC) e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) que fazem uso de equipamentos eletromédicos (EEM), através de rotinas fiscalizadoras que consistem em considerações e critérios multidisciplinares sobre planejamento de projetos físicos e instalações prediais para estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS), provenientes de normas e recomendações técnicas vigentes. A tecnologia para fins médicos tem evoluído ao longo dos tempos e há necessidade de avaliar e monitorar tecnicamente ambientes onde se faz uso dela para prevenir acidentes decorrentes de desgastes de materiais, instalações e adequações de espaços físicos impróprios ao uso de EEM e, conseqüentemente, a procedimentos médicos que utilizem TMH. No EAS, os ambientes de CC e UTI são os que englobam grande número de EEM, sendo o centro cirúrgico o local onde são realizados atos cirúrgicos e a recuperação pós-operatória imediata do paciente, por efeito de anestesia (MARGARIDO,1996); já a UTI é o local destinado à internação de pacientes graves ou de alto risco, mantendo-os sob condições de monitoramento e cuidados intensivos por 24 horas (BRASIL/ MS, 1996). São unidades de grande importância dentro do contexto hospitalar, pois uma falha ou descuido nos procedimentos médicos, de enfermagem ou no uso de EEM pode acarretar a perda de uma vida humana, a qual muitas vezes está relacionada ao planejamento físico e à manutenibilidade do ambiente. Estas rotinas fiscalizadoras permitem diagnosticar pontos críticos de instalações inadequadas que interferem no funcionamento e segurança dos EEM e da funcionalidade dos espaços físicos, auxiliando no Gerenciamento de Tecnologia Médico-Hospitalar (GTMH) desenvolvida por estruturas de Engenharia Clínica (EC) a intervir no processo construtivo, de reforma ou adequação do espaço físico de EAS; orientando e propondo diretrizes fundamentadas nos aspectos técnicos de infra-estrutura, suficientes para garantir o desempenho dos ambientes quanto ao uso de tecnologia médico-hospitalar (TMH). As rotinas propostas foram aplicadas em seis hospitais da rede pública estadual, e um hospital com fins filantrópicos, todos no estado de Santa Catarina, onde a área de Engenharia Clínica (EC) do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade de Santa Catarina (IEB-UFSC) desenvolve um programa de Engenharia Clínica para o GTMH em cinco dos sete hospitais. |