Abstract:
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O mercado de trabalho em Odontologia desde a década de 1970 vem passando por diversas mudanças, originadas por diversos fatores dos quais se destacam: aumento do número de escolas com conseqüente crescimento da oferta de mão-de-obra; concentração dos dentistas nas duas regiões mais ricas do Brasil (Sudeste e Sul); desenvolvimento científico e tecnológico modificando o perfil epidemiológico das morbidades de maior prevalência; massificação das medidas de caráter preventivo-promocionais; crise no sistema capitalista com a globalização da economia e do sistema neoliberal. O presente trabalho objetiva verificar a inserção de egressos do Curso de Odontologia da UFSC no mercado de trabalho. O universo da pesquisa englobou 479 egressos inscritos no CRO-SC que colaram grau entre 1994/2 a 2001/01. A taxa de retorno dos questionários foi de 30,48% perfazendo a amostra de 146 profissionais. Os dados foram coletados através de questionário contendo 41 perguntas abordando variáveis de identificação, formação acadêmica e pós-graduação, atividade profissional, renda, carga horária de trabalho, principais dificuldades no exercício da profissão, satisfação com a profissão, entre outras. Os resultados mostraram que a maioria: é do sexo feminino; graduou-se dentro do prazo normal de 4,5 anos, com idade entre 22 e 23 anos e levou menos de 3 meses para iniciar suas atividades profissionais. Trabalha no Estado de Santa Catarina em apenas 1 cidade; escolheu a cidade por motivos de relacionamento pessoal e pela proximidade de centros de educação continuada; tem como atividade principal o consultório odontológico, é generalista e trabalha com ajuda de auxiliar. A carga total de trabalho varia entre 4 a 10 horas diárias; destaca como dificuldades de mercado o excesso de profissionais aliado ao baixo poder aquisitivo da população; tem um ganho mensal entre 1,5 mil a 3,5 mil reais e se encontra satisfeita com a profissão. |