Abstract:
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No âmbito da Reforma Psiquiátrica Nacional, o presente estudo propõe analisar a importância do trabalho, usado como estratégia promotora de autonomia, no processo de reabilitação psicossocial, de usuários de serviços de Saúde Mental. Dois grupos foram entrevistados: o primeiro, composto por cinco usuários de um Serviço, que utiliza o trabalho como estratégia de reabilitação e, o segundo, formado por quatro usuários em tratamento em um Centro de Atenção psicossocial (CAPS), mas, que não trabalhavam. Todos os pacientes apresentavam histórias pregressas de internações psiquiátricas. As entrevistas foram realizadas, também, com os profissionais responsáveis pelo projeto terapêutico, de cada participante da pesquisa. Os resultados obtidos indicaram diferenças significativas. Aqueles que tinham uma atividade de trabalho, apresentaram maior autonomia física, afetiva, social, financeira e psicológica. O próprio conceito de autonomia tornou-se sujeito de análise, assim como, as interações entre os conceitos de clínica (entendida como ética) e de trabalho. |