Abstract:
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Este estudo teve por objetivo verificar qual a possível relação entre os modelos mentais do grupo de dirigentes de uma organização do setor de componentes automotivos, do sul do Brasil, e os processos de resistência à mudança. O método adotado nesta pesquisa foi o estudo de caso, caracterizado como sendo do tipo descritivo, ressaltando uma abordagem predominantemente qualitativa. A população desse estudo envolveu gerentes, diretores e presidente da organização estudada, aqui identificada pelo nome fantasia de empresa D, constituindo um total de 12 participantes. Trabalhou-se com uma amostra intencional entre os dirigentes da organização, onde todos eles foram ouvidos. Os dados foram obtidos, predominantemente, por meio de entrevistas. Seguindo a abordagem qualitativa, os dados foram analisados de forma descritiva e interpretativa, através da técnica de análise temática de conteúdo. Os modelos mentais foram caracterizados através de variáveis e indicadores de categorias de análise previamente elaborados pela pesquisadora. As tendências a possíveis processos de resistência foram identificadas através da análise entre as características do modelo mental compartilhado no grupo e a compreensão da realidade organizacional, embasada na visão sistêmica. Os resultados desta pesquisa revelaram que o modelo mental do grupo de dirigentes da empresa D, caracteriza-se por uma percepção dinâmica da realidade, dos processos de mudança como sendo contínuos, e de uma consciência da necessidade de soluções e respostas adequadas à realidade vivida, o que é entendido como uma tendência adequada às atuais demandas da realidade organizacional sistêmica. Este modelo mental caracteriza-se também, por uma necessidade bastante significativa de manutenção do poder, |