Abstract:
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O presente trabalho visa apresentar um método para aumentar a precisão da estimativa da cobertura de nuvens realizada a partir da superfície e compara-lo com imagens de satélite. Para a implementação do método serão utilizados: uma câmera digital de baixo custo a partir da superfície, algoritmos de processamento de imagens, um modelo físico atmosférico para o cálculo da radiação solar na superfície, dados de irradiação solar oriundos de uma estação de referência de medida de energia solar do LABSOLAR - EMC - UFSC (Laboratório de Energia Solar - Departamento de Energia Mecânica - Universidade Federal de santa Catarina), dados sinópticos fornecidos pelo Departamento de Proteção ao Vôo do Ministério da Aeronáutica e imagens do satélite GOES-8. A metodologia proposta conclui que a interpretação da estimativa da cobertura de nuvens não pode ser binária, atribuindo a um pixel de uma imagem a correspondente representatividade de uma nuvem ou não, mesmo com uma escala de valores intermediários de transparência. Tal classificação pode induzir a erros de interpretação, por que existem no céu uma série de manifestações físicas como espalhamento e a turbidez atmosférica que, apesar de representar céu claro, podem confundir um sistema de interpretação automatizado devido a proximidade de valores de intensidade com uma nuvem de pequena profundidade óptica (como cirrus e as bordas de outros tipos de nuvens), superdimensionando o valor da cobertura de nuvens final. Esta constatação foi possível somente depois de utilizar a difusão anisotrópica nas imagens das nuvens. |