Abstract:
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Estudo dos efeitos terapêuticos do ritual de despedida na iminência da morte, em familiares de pacientes com prognóstico reservado, internados no Hospital Universitário da UFSC. Participaram oito famílias. Coleta de dados em duas etapas: no pré-óbito, acompanhando o familiar no processo de despedida, e no pós-óbito, fazendo uma entrevista com o familiar entre 1 e 2 meses após a morte do paciente. Constatou-se que o modo como os familiares se despediram abrangeu a comunicação verbal e não-verbal, a religião, a "liberação", o "estar junto", trazer outros familiares e a despedida do próprio paciente. Todos se manifestaram favoráveis à realização do ritual, destacando a oportunidade de aprendizado, o privilégio de participar de um momento especial, a importância da orientação psicológica e da qualidade anterior do relacionamento. Como dificuldades, colocaram os sentimentos de pena, tristeza, angústia e falta de coragem. Entre os efeitos, estão o conforto e a tranqüilidade, o alívio da sensação de impotência, de culpas e da tristeza, a ajuda na aceitação da morte e na recuperação da família, a aproximação entre os familiares e o paciente, a abertura da comunicação entre eles, a melhoria de condições para elaborar o luto, a redefinição dos relacionamentos com a pessoa ainda em vida, sendo que esta também se beneficia dos efeitos. |