Abstract:
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O trabalho na indústria de confecção em linha reta é em sua grande maioria ainda artesanal, desgastante como qualquer processo produtivo que exija uma produção em ritmo acelerado e com certo grau de concentração, bem como contínua repetição padronizada de movimentos e predominância de posição comprometedora à saúde do trabalhador. Embora organizações de grande porte comecem a automatizar o posto de trabalho de costura em linha reta, os custos envolvidos tornam esta mudança lenta e direcionados apenas a empresas com enorme demanda produtiva, estimada em mais de 500 toneladas mês, o que restringe este processo a menos de 1% das organizações que compõem o setor têxtil do Vale do Itajaí, mantendo desta forma intacto o trabalho de cerca de 25.000 trabalhadores no posto de trabalho de costura de linha reta, conforme estimativa do Sindicato dos Empregados da Indústria Têxtil e do Vestuário de Brusque. O foco central deste estudo é a análise ergonômica no posto de trabalho de costura em linha reta - costura da bainha nos quatro lados de toalhas de variados tamanhos - através da metodologia alemã AET - Das Arbeitswissenschaftliche Erheburgsverfahren zur Tätigkeitsanalyse - em empresas de pequeno (facção), médio e grande porte econômico, a fim de se obter claramente quais sensíveis diferenças há tanto nos postos de trabalho como nas condições de trabalho, quando sedimentadas em diferentes realidades organizacionais e econômicas |