Abstract:
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Questões relacionadas à problemas disciplinares deixaram de ser um tema esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras para se tornarem, talvez um dos assuntos mais discutidos em encontro de educadores. O foco do problema está em como interpretar e/ou administrar o ato indisciplinado. E ainda, até que ponto essa recusa à moldar-se as regras institucionais não é a possibilidade de constituição da autonomia - bandeira de luta de muitos projetos político-pedagógicos. O trabalho docente acaba se deparando com uma linha divisória muito tênue entre indisciplina e violência, esgarçando os limites da convivência social e tornando-se refém do emaranhado de significados e valores que a indisciplina escolar comporta. A indisciplina, como problema teórico e prático, em geral é tratado de maneira imediatista, sem o circunstanciamento conceitual necessário. Essa dissertação tem o objetivo de promover uma análise abrangente do tema à luz de alguns referenciais teóricos contemporâneos e imprescindíveis como o poder em Foucault, a moralidade em Piaget e Kohlberg e suas imbricações com questão disciplinar. Busca, também, retirar o ônus disciplinar da figura exclusiva do aluno, encaminhando a análise da indisciplina, principalmente, como produto da postura docente. |