Abstract:
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O objetivo principal deste trabalho foi o de lançar um olhar interpretativo sobre o conflito étnico existente no Oeste de Santa Catarina e sua emergência dentro do contexto educativo. Para isso, empenhamo-nos em construir uma leitura sistemática de estereótipos presente no discurso praticado na escola enquanto expressão dos preconceitos e das barreiras sociais que se interpõem entre os grupos historicamente constituídos na região. Através do método etnográfico, que inclui a observação participante, analisamos as diferentes variáveis indicativas dos estereótipos enquanto representações sociais assimétricas, construídas por descendentes de imigrantes italianos e alemães, estereotipadamente entendidos como os "de origem" em relação ao grupo minoritário, composto por descendentes de caboclos, negros, índios e mestiços, cognominados pela estereotipia de "brasileiros". Partindo de uma leitura histórica da composição etnocultural da sociedade brasileira e do Estado de Santa Catarina, em especial da Região Oeste resgatamos, a partir do cotidiano escolar, momentos de negação da alteridade expressos na linguagem cotidiana, enquanto reprodução discriminatória da sócio-convivência destes grupos |