A estética dos odores: o sentido do olfato no cuidado de enfermagem hospitalar

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A estética dos odores: o sentido do olfato no cuidado de enfermagem hospitalar

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Título: A estética dos odores: o sentido do olfato no cuidado de enfermagem hospitalar
Autor: Wosny, Antonio de Miranda
Resumo: O ser humano é olfativo por natureza, capaz de interagir com seu meio ambiente, percebendo e interpretando sensações odorantes de acordo com suas características estéticas. O ambiente hospitalar é muitas vezes caracterizado em decorrência de suas emanações odorantes e a atividade de Enfermagem desenrola-se num cenário permeado de sensações, no qual as percepções olfativas se apresentam de modo velado. Este trabalho pressupõe que o melhor juízo das emanações olfativas no hospital possibilitará maior atenção aos odores como fenômeno de Enfermagem. Objetiva refletir acerca das concepções, interpretar o significado e compreender a significância dos odores no cuidado ao cliente hospitalizado, bem como suas inferências ergonômicas. Identifica fontes de fenômenos odorantes, categorizando-os de acordo com a matéria de origem, e arrola procedimentos de enfrentamento. Defende a tese da maior apreensão estética dos odores hospitalares como essencial ao cuidado de Enfermagem, considerando que os fenômenos odorantes deste espaço têm sua manifestação restrita e seus significados carecem de maior entendimento. Emprega princípios das filosofias clássica e fenomenológica da percepção como referencial teórico, tratando das questões estéticas com suporte na filosofia kantiana. Aborda o tema qualitativamente, através da observação de ambientes e da prática assistencial. Utiliza entrevistas com profissionais de Enfermagem que atuam em unidades de cuidado hospitalar. Estuda documentação relativa aos cuidados de Enfermagem, identificando a quantidade e a qualidade dos registros de fenômenos odorantes, empregando a técnica de Análise de Conteúdo proposta por BARDIN. Infere que, de acordo com a opinião dos sujeitos da pesquisa, os odores hospitalares podem ser compreendidos segundo categorias, tais como: contribuições ao diagnóstico, procedimentos de enfrentamento, intercorrências afetivas e inferências ergonômicas. Interpreta-se que, conforme as categorias analisadas, os odores hospitalares são desagradáveis, entretanto suportados em razão de sua possibilidade de apoio diagnóstico ou por inerência profissional. Presume-se que no hospital se reproduz imaginário olfativo semelhante a outros espaços sociais, isto é, a negação, a ocultação ou o silêncio olfativo, características próprias da urbanidade em tempos modernos. Abstraída a singularidade do problema estudado, espera-se que a presente tese contribua na construção de novas idéias para a prática profissional, bem como subsidie estudos posteriores, constituindo uma oportunidade de reflexão e agregação de novos elementos ao conhecimento, pertinentes à prática e ao debate teórico/filosófico em Enfermagem. Presume, ainda, contribuir com eventuais adaptações metodológicas e tecnológicas, interessantes ao estudo dos odores no ambiente hospitalar, assim, também, cooperar na amplitude e complexidade do cuidado de Enfermagem.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81956
Data: 2001


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