Odor e biodesodorização em reatores anaeróbios

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Odor e biodesodorização em reatores anaeróbios

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Title: Odor e biodesodorização em reatores anaeróbios
Author: Carvalho, Cleide Martins de
Abstract: Os maus odores têm sido os responsáveis pelos fortes protestos e reclamações de uma população ligada a estes incômodos. As emissões odorantes podem ser originadas das mais diversas atividades antropogênicas, sejam elas agrícolas, domésticas ou industriais. Os principais pontos de emissão dos odores nas ETEs incluem as elevatórias, o pré-tratamento, o espessador e a desidratação do lodo. Atualmente, no Brasil os digestores anaeróbios têm sido mais aplicados e evoluídos tecnologicamente, tornando-se cada vez mais popular, porém, necessitam serem otimizados no aspecto de gestão de odores. Com base nestas informações o presente trabalho, teve como objetivos: investigar metodologias para a determinação da intensidade odorante pela avaliação olfatométrica, caracterizar os gases odorantes e avaliar uma alternativa de processo não convencional para o tratamento das emissões odoríferas.O sistema de tratamento empregado, o biofiltro piloto com leito de turfa foi utilizado no tratamento das emissões odorantes provenientes de um reator anaeróbio. O biofiltro piloto constituiu-se de uma coluna de PVC de 0,20 m de diâmetro interno e 0,70 m de altura, com 0,10 m de fundo falso e 50 cm de preenchimento com turfa orgânica natural. A alimentação do biofiltro foi efetuada por meio de um ventilador centrífugo industrial que coletava os gases do reator anaeróbio, direcionando-os para a sua parte inferior. A metodologia utilizada para o sistema de amostragem dos gases na entrada e saída do biofiltro foi constituída pela seqüência de frascos lavadores para a absorção dos gases (H2S, NH3 e COV). Nas análises químicas foram obtidas concentrações máximas de H2S de 0,314 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,007mg/m3 na saída o que corresponde a 98% de eficiência. Para NH3 a concentração máxima obtida foi 0,180 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,035 mg/m3 na saída obtendo eficiência de 80%. A concentração máxima obtida de COVs foi 0,291 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,064 mg/m3 na saída, correspondendo a 78% de eficiência. A análise olfatométrica apresentou redução de intensidade odorante com valores de entrada médio a forte e saída fraco a médio, obtendo-se uma boa redução dos odores no processo de biofiltração e mantendo a boa relação com a análise química. Com base no trabalho experimental realizado, concluiu-se que o biofiltro com leito de turfa é uma tecnologia interessante para o tratamento de gases odorantes, por apresentar boa eficiência na redução dos gases odorantes, baixos custos de implantação e operação e facilidade de manutenção, se comparado com outros sistemas de desodorização.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenhria Ambiental
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81686
Date: 2001


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