Abstract:
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O presente trabalho discute o assalariado rural temporário, o bóia-fria, no processo de (de)formação do espaço agrário do Município de Florestópolis, que se localiza no norte do Paraná. As análises referentes ao Município em apreço foram realizadas através de reflexões sobre a estrutura fundiária, o uso da terra e a modernização da agricultura. Além disso, discutimos as relações de trabalho no campo, privilegiando a problemática dos bóias-frias. Enfatiza-se que os bóias-frias são trabalhadores desprovidos dos meios de produção e encontram oferta de serviços em períodos sazonais, sendo obrigados a vender sua força de trabalho para garantir sua sobrevivência. Em Florestópolis, a cultura agrícola que mais absorve mão-de-obra destes trabalhadores é a cana-de-açúcar. A colheita de cana-de-açúcar acontece, normalmente, no período de junho a dezembro. No decorrer do trabalho, buscamos diagnosticar algumas potencialidades do grupo em discussão, tais como questões relacionadas à reforma agrária e suas aspirações para o futuro. Assim, de maneira geral, procuramos entender a dinâmica desses trabalhadores no processo de transformação do espaço agrário do Município de Florestópolis. |