Do corpo produtivo ao corpo brincante: o jogo e suas inserções no desenvolvimento da criança; orientador, Francisco Antonio Pereira Fialho

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Do corpo produtivo ao corpo brincante: o jogo e suas inserções no desenvolvimento da criança; orientador, Francisco Antonio Pereira Fialho

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Título: Do corpo produtivo ao corpo brincante: o jogo e suas inserções no desenvolvimento da criança; orientador, Francisco Antonio Pereira Fialho
Autor: Souza, Edison Roberto de
Resumo: Na busca por compreender o jogo tradicional infantil enquanto possibilidade de desenvolvimento da criança, optamos, metodologicamente, por uma pesquisa descritiva com características etnográficas, de cunho exploratório, essencialmente qualitativa. A partir da análise de conteúdo desse fenômeno do existir infantil e dos discursos de educadores, algumas categorias surgiram, transformando-se em pilares teóricos que, interconectados, possibilitaram-nos compreender os jogos como essenciais no desenvolvimento da criança. Incitados pelas reclamações infantis e centrados nos escritos de Foucault, o principal teórico da contracultura, exploramos facetas ocultadas no processo de dominação do corpo da criança, bem como refletimos acerca da exclusão das atividades lúdicas por parte da escola que, ao subjugar a criança à sociedade produtiva, nega-lhe um viver mais significativo e feliz. A partir dos valores surgidos dos jogos analisados e das falas de educadores descontentes com essa formação que prioriza apenas um aspecto do universo da criança, refletimos sobre as possibilidades dessa atividade lúdica no desenvolvimento de outras dimensões humanas, recorrendo ao paradigma da complexidade, proposto por Morin. Nesta direção, adentramos num estudo envolvendo diversas teorias sobre o jogo na infância, procurando relacionar os jogos ao desenvolvimento das dimensões cognitivas, motoras e socioafetivas da criança, identificando os seus valores implícitos. Ao ousar sugerir a inclusão dos jogos na escola, fazemo-lo na perspectiva de educarmos nossas crianças para outras dimensões humanas, tornando-as mais felizes. Entendemos, portanto, que cabe à escola considerar todas as perspectivas de vida e a variedade de idéias das crianças, buscando um currículo que leve em consideração o repertório lúdico infantil existente, tornando, assim, o conteúdo mais significativo, plural, intersubjetivo e dinâmico. Quando sugerimos o lúdico no desenvolvimento da criança, não pretendemos negar o papel da escola na difusão da cultura erudita em detrimento da cultura popular, propomos a conciliação desses dois pólos essenciais à emancipação da criança, como um ser histórico que busca, a partir de suas raízes, transformar o mundo e, ao mesmo tempo, preservar sua identidade.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/80373
Data: 2001


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