Abstract:
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Neste trabalho objetiva-se estudar a competitividade da indústria brasileira/paranaense de papel de imprensa diante das mudanças ocorridas no ambiente econômico desde o final dos anos 80, e propor políticas e estratégias que contribuam para a melhor inserção da indústria, frente ao padrão de competição internacional. A partir da construção de um referencial teórico, da ampla coleta de dados e informações dessa indústria e da pesquisa de campo desenvolvida foi possível configurá-la adequadamente nos contextos nacional e internacional. Trata-se de uma indústria que apresentou, nos últimos dez anos, alto grau de concentração. Em 2000 apenas 10 grupos econômicos detinham 64,26% da produção mundial em torno de 39 milhões de t/ano. Os preços dessa indústria são ditados pelo mercado internacional, e a imunidade tributária assegurada pela Constituição da República tem sido considerada o grande entrave para o seu desenvolvimento no Brasil. Na cadeia produtiva há incidência de diversos impostos irrecuperáveis e que repercutem no custo final do produto, tornando a imunidade relativa. Há que se considerar ainda o alto custo tributário que incide sobre o investimento, pois, construir uma fábrica no Brasil é 32% mais caro do que em qualquer país Europeu. O produto importado entra no Brasil com financiamento internacional com prazos para os consumidores de até 360 dias. A estabilidade da economia e as medidas de desregulamentação atraíram investidores estrangeiros, e hoje a indústria de papel de imprensa brasileira é comandada pelo grupo norueguês Norske Skog. Para tornar esta indústria mais competitiva, com conseqüente expansão do parque industrial, é necessário o estabelecimento de políticas incentivadoras ao investimento e à produção, nos campos tributário, financeiro e de relações internacionais. As condições naturais e o domínio da tecnologia de produção a indústria brasileira possui |