Abstract:
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A Avaliação de Desempenho constitui-se numa importante ferramenta gerencial, capaz de colaborar com o processo de auto-desenvolvimento dos empregados e crescimento das equipes. No entanto, vem sendo utilizada nas organizações muito mais como uma ferramenta de controle burocrático, a partir da qual decide-se oferecer recompensas ou punições aos empregados, do que como um processo de gestão do desempenho dos colaboradores de uma empresa. Resgatando o histórico da Avaliação de Desempenho, observa-se que ela surgiu num determinado contexto que necessitava de instrumentos que colaborassem com o controle e a uniformização de procedimentos, tolhendo qualquer manifestação de potencial e autonomia criativa dos empregados de uma empresa. As transformações que vem sofrendo algumas organizações, como por exemplo a Unicred Florianópolis onde se realizou o Estudo de Caso desta dissertação, impõem novas exigências no que se refere ao gerenciamento de seu corpo funcional. Para isso, é necessário repensar a Avaliação de Desempenho a partir de novos referenciais administrativos. As teorias que sustentam as Organizações em Aprendizagem oferecem um referencial capaz de sustentar um processo de avaliação do desempenho diferente daquele do passado. A presente dissertação propõe-se a analisar um modelo de Avaliação de Desempenho aplicado na Unicred Florianópolis, a partir da discussão de alguns conceitos das Organizações em Aprendizagem, mais especificamente em relação às "Cinco Disciplinas" apresentadas por Peter Senge (1998). A pesquisa realizada para subsidiar a análise do modelo de Avaliação de Desempenho é de natureza qualitativa, do tipo exploratório, descritiva e avaliativa. O resultado deste trabalho pode servir como um instrumento de intervenção na realidade organizacional, desde que respeitadas as características peculiares à cada organização, e realizando os devidos ajustes e adaptações. Assim, além de oferecer uma ferramenta de intervenção na realidade, espera-se contribuir para a abertura de novos caminhos para se pensar a realidade das organizações. |