Abstract:
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Em decorrência do aumento da competitividade entre as empresas de manufatura e de mudanças freqüentes do seu mix de produtos, tem havido movimentos destas empresas na direção da terceirização dos negócios industriais, com a finalidade de reduzir as atividades da manufatura e de serviços a estreitas faixas da chamada competência essencial (core competence). Neste trabalho apresenta-se um levantamento da bibliografia que trata deste assunto e analisam-se vários aspectos ligados à Integração Vertical (Verticalização) e à Terceirização (Horizontalização) como estratégias empresariais para manter ou aumentar a competitividade da manufatura. É feita uma re-leitura do Modelo de Quatro Estágios de Hayes e Wheelwright (1984), contextualizando-o na realidade da Integração Vertical e da Terceirização. Discorre-se acerca da decisão de fazer ou comprar com que freqüentemente as empresas se deparam, e citam-se algumas metodologias utilizadas para apoiar estas decisões. Procede-se a uma análise da Integração Vertical, e posteriormente da Terceirização, para descrever o que influencia uma empresa a optar por uma dessas estratégias e o que deve ser considerado nesta tomada de decisão. A identificação das core competencies (competências essenciais) da empresa é tratada como um requisito importante na decisão sobre as atividades a serem terceirizadas. As hipóteses levantadas pela bibliografia e pelo autor são confrontadas com dois estudos de casos de empresas bem sucedidas em seus negócios: o da produção de motores da Empresa Weg, como um exemplo de Integração Vertical de processos de produção, e o da terceirização de peças usinadas da Empresa Rexroth. A revisão de literatura e os estudos de caso constituem fonte de informações relevante para orientação gerencial quanto à decisão de adoção de uma dessas estratégias. A escolha de uma delas dependerá basicamente do tipo de produto produzido, dos objetivos da empresa com relação ao seu crescimento, da cultura empresarial e finalmente das capacidades e das habilidades de seus gestores para inovar e correr riscos. |