Abstract:
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As espécies do gênero Protium (Burseraceae) são conhecidas pela produção de exsudatos oleoresinosos e suas resinas e folhas são comumente usadas na medicina popular do Brasil para o tratamento de úlceras e processos antiinflamatórios. Protium kleinii pode ser encontrada somente nos estados da região sul do Brasil, sendo conhecida popularmente como almécega, almíscar, pau-de-breu, pau-de-incenso, guapoí, entre outras denominações. Considerando a importância de se estudar plantas medicinais da região e que não foram encontrados estudos anteriores desta espécie, o presente estudo envolveu a extração, o isolamento e a identificação dos cosntituintes químicos da casca resinosa de P. kleinii e sua possível atividade antinociceptiva em camundongos. Foram isolados, do extrato etéreo, através de procedimentos cromatográficos usuais e identificação através de técnicas espectroscópicas os triterpenos a-amirina, b-amirina, 3b-16b--diol-ursa-12-eno (breína), 3-ceto-11-ol-ursa-12-eno e 3-ceto-11-ol-olea-12-eno, 3-oxo-11,16-diol-ursa-12-eno, sendo os três últimos inéditos na literatura. O extrato etéreo apresentou importantes efeitos antinociceptivos em camundongos nos testes da formalina, capsaicina e ácido acético; os compostos isolados da casca resinosa de P. kleinii também foram testados em camundongos no modelo da formalina e exerceram potentes efeitos antinociceptivos. Todos os triterpenos isolados parecem contribuir para o efeito antinociceptivo do extrato. No entanto, destaca-se o efeito da mistura dos triterpenos a e b-amirina, encontrados em quantidade majoritária no extrato de P. kleinii e com atividade antinociceptiva maior que os outros compostos isolados e que os própios fármacos utilizados como referência. Os resultados permitem concluir que os triterpenos isolados são os principais responsáveis pela atividade antinociceptiva do extrato etéreo da espécie estudada. |