Abstract:
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Este estudo de caso objetivou caracterizar as concepções de usuários do serviço local de saúde sobre o processo saúde-doença e relacioná-las ao referencial teórico proposto. As categorias empíricas sistematizadas associaram-se à representação dos usuários sobre doença e saúde. Suas concepções limitaram-se ao imediato e ao individual, havendo pouca correlação com determinantes macro-estruturais. A saúde e a doença apareceram como opostos de uma mesma realidade vivida, onde a doença é mais vivenciada, pois a busca pela saúde passa primeiro pela superação da luta pela sobrevivência. A saúde foi concebida como algo que se adquire ao consumir os serviços de saúde e a doença como associada à dor e ao sofrimento que os impede de trabalhar e acarreta-lhes despesas financeiras. Os adoecimentos foram correlacionados ao ar contaminado, à falta de higiene corporal e ambiental, à alimentação inadequada, à fatores genéticos, ao não consumo de serviços de saúde e ao estilo de vida. A conscientização torna-se a possibilidade de transcender a realidade vivida pelos sujeitos, de compreensão da causalidade, bem como, de um processo de mudança dos profissionais para uma prática sanitária compromissada com a intervenção resoluta. |