Abstract:
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Este estudo foi desenvolvido em dois municípios no sul do Brasil e objetivou compreender como se desenvolve o cuidado de uma pessoa portadora de câncer avançado que permanece no domicílio. A clientela foi composta por cinco cuidadores domiciliares que permaneciam à disposiição ou que se envolviam quando eram solicitados pela pessoa portadora ou por outros cuidadores. O referencial teórico do cuidar/cuidado e a metodologia problematizadora subsidiaram a reflexão acerca do tema. O controle dos sintomas, especialmente a dor por câncer, foi trabalhado no sentido de romper o mito que existe em relação ao uso da morfina como analgésico de escolha. Os cuidadores familiares querem fazer o melhor, estão dispostos e abertos ao aprendizado. São corajosos e criativos. Ficam atentos aos detalhes, não possuem receio de se expor. Os cuidadores domiciliares conhecem as preferências das pessoas que estão cuidando. Dada a estrutura social, econômica e política do nosso sistema se saúde, a abordagem domiciliar é uma possibilidade de oferecer mais bem-estar, maior conforto às pessoas portadoras de câncer avançado, considerando o desejo da pessoa acamada, as facilidades e dificuldades de cada momento para os cuidadores domiciliares. A abordagem domiciliar na área da oncologia não é a única, tão pouco a melhor modalidade para o cuidar/ cuidado, mas sem dúvida oferece a possibilidade às pessoas portadoras de câncer avançado, de permanecerem em casa até o momento em que desejarem. Assim, a atitude de querer fazer algo mais pelo bem-estar do amigo/familiar poderá ser facilitada pelo cuidado domiciliar |