Abstract:
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Neste trabalho foi investigada a microencapsulação da urease na forma de extrato bruto (EE), através do método de coacervação salina, utilizando-se o sistema polimérico quitosana-PVA. A quitosana foi obtida a partir da quitina, que por sua vez foi extraída da casca do camarão e o EE foi extraído das sementes da Cucurbita pepo (abóbora). Os parâmetros do processo de microencapsulação tais como composição e pH da blenda, temperatura e tempo de coagulação, foram ajustados afim de maximizar a atividade enzimática. Através da comparação do perfil de pH, dependência de temperatura e constante de Michaelis-Menten, demonstrou-se que o uso do EE é uma alternativa em relação à utilização da urease padrão (EP). A microscopia eletrônica de varredura comprovou a encapsulação da urease. As determinações das atividades enzimáticas mostraram que a alta concentração salina, utilizada no processo de microencapsulação, não afetou a atividade da enzima. Os ensaios estatísticos mostraram que a enzima se distribui homogeneamente nas cápsulas durante o processo de microencapsulação e que há reprodutibilidade na determinação da atividade enzimática do EE. A urease microencapsulada mostrou uma reusabilidade de 23 vezes e a estabilidade do EE no processo de estocagem foi maior quando comparada com a EP. Ensaios in vitro mostraram que a determinação do teor de uréia em amostras de sangue e urina, usando-se a urease microencapsulada, são coerentes com os resultados obtidos a partir das mesmas amostras, através do método espectrofotométrico, realizado no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário da UFSC. |