Abstract:
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Este trabalho constitui-se em um estudo de caso envolvendo um grupo de trabalhadores rurais assentados residentes no extremo-oeste de Santa Catarina que participaram do processo de "conquista da terra". A análise deste grupo no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra privilegiou a interlocução com a Teologia da Libertação na construção de valores político-ideológicos que engendraram a luta. O grupo estudado tem como princípio a "coletivização", a vivência igualitária do cotidiano, sem divisão da terra em lotes individuais, o que o torna singular frente a outros assentamentos. No interior do "viver coletivo" efetivado cotidianamente é possível observar tensões, que são aqui analisadas apontando as transformações e rupturas na história de vida dos atores sociais em luta pela terra, que tem como objetivo último a "transformação da sociedade". Observando as práticas e representações no interior do grupo coletivizado, é possível apontar para o projeto de "construção da igualdade" enquanto sustentado pela "luta permanente". Esta luta, por sua vez, constrói-se no contexto do diálogo com valores político-religiosos, bem como a vivência dos mesmos. |