Abstract:
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Pesquisa sobre a gestão do espaço urbano das áreas central e continental de Florianópolis, no período de 1976-90. Procurou-se mostrar como o Estado, através do poder público municipal, ao organizar juridicamante o espaço urbano, garante a continuidade do processo de acumulação do capital privado. Para essa análise, tomou-se a cidade capitalista como o resultado de uma dupla socialização: das condições gerais de produção e do espaço. Essa socialização, no entanto, encontra limites e o Estado desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando como um instrumento de regulação social frente aos limites da urbanização capitalista; mas, por outro lado, o Estado também age como um interventor a favor do capital privado, contradizendo o processo de socialização das forças produtivas e seu próprio papel regulador. E analisando, secundariamente, a especificidade da urbanização de sociedade dependentes e a influência do período recessivo da economia mundial sobre o papel do Estado na gestão do espaço urbano. Os resultados obtidos demonstram que o município atuou de forma reguladora frente aos limites da urbanização capitalista, mas interviu também de forma contraditória à socialização das forças produtivas, demonstrando a força dos agentes de urbanização ligados ao capital privado de Florianópolis. |