Abstract:
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Analisa a formulação, implantação e execução de um programa de extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro na favela da Maré, vizinha ao seu principal campus. O estudo deste processo teve como objetivo investigar como se estabeleceram os arranjos de poder, sob a perspectiva da autonomia e democracia internas de sua estrutura. Nesse sentido, pretende contribuir para a melhor compreensão da vida departamental face aos órgãos máximos da burocracia universitária. Foi escolhido um programa específico, a gestão 1985-89. Os compromissos de campanha acentuavam para a nova administração o viés democratizante. E aquele programa de extensão vinha à luz enquanto um modelo de uma universidade democrática, porque guardando nítidos vínculos com a sociedade em torno. Desse modo, tal programa simbolizava a própria natureza de uma nova administração. Tais análises revelaram o quanto esse esforço democratizante em certos passos aproximou-se dos próprios modelos criticado implicitamente nos pressupostos que fundamentaram a elaboração do programa estudado. Esses resultados não se querem desestimuladores do inevitável processo democrático a que se deve submeter a universidade brasileira. Antes, em uma ponderação, a ser discutida sobre o contornar os impasses em contradições da democracia nos campi. |